Com o objetivo de discutir a importância da comunicação institucional para a promoção da Educação a Distância (EaD), a Universidade Federal de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Tecnologia Educacional (Setec) promove até quinta-feira (3), a terceira edição do PromovEAD. Durante a solenidade de abertura, ocorrida na manhã desta quarta-feira (2), a reitora, professora Myrian Serra, anunciou a aprovação, pelo Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (Consepe), do curso de graduação em gestão pública para reeducandos do sistema prisional, que será ofertado pela Universidade na modalidade a distância.

“Estamos muito orgulhosos pois se trata de uma experiência inovadora. Será algo inédito não apenas em Cuiabá ou no Centro-Oeste, mas no Brasil. Esperamos já ter dados e informações para apresentarmos aqui no ano que vem” afirmou a reitora, acrescentando que serão oferecidas 18 vagas do curso e que o processo seletivo será realizado ainda este ano. A proposta da UFMT, que conta com a parceria da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), também tem o apoio e orientação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

PromovEAD

Ainda durante a abertura, a professora Myrian Serra destacou a história da Educação a Distância na UFMT, homenageando a ex-reitora, professora Maria Lúcia Cavalli Neder, reforçando seu pioneirismo no assunto.  “É fundamental recebermos dirigentes e pessoas relacionadas a EaD aqui na universidade, pois a UFMT tem tradição na Educação a Distância. Esse evento possibilita o estabelecimento de parcerias com outras Instituições com o objetivo de desenvolvermos ainda mais essa modalidade.” reforçou.

Realizado em parceria com a Associação Universidade em Rede (Unirede), o PromovEAD tem por finalidade promover o desenvolvimento científico e tecnológico da Educação a Distância. A solenidade de abertura contou com a presença da presidente do grupo, Ivete Martins Pinto, que destacou a importância da EaD como ferramenta para aumentar o acesso ao ensino superior e que seu resultado pode ser verificado em locais de difícil acesso que receberam cursos nessa modalidade. “Temos que levar a possibilidade da construção de novos conhecimentos para fora dos muros da Universidade. Esse é o nosso papel social. É isso que vai trazer o desenvolvimento para esses municípios de difícil acesso e seu entorno”. comentou.

O secretário de Tecnologias Educacionais, professor Alexandre Martins dos Anjos, lembrou das contribuições da UFMT no campo da educação a distância, que na década de 1990 apresentou um projeto pioneiro para enfrentar o desafio de formar dez mil professores para a rede pública de educação. Ainda segundo ele, não haveria outra forma de executar a tarefa sem ser pela EaD. “Nosso objetivo hoje é discutir a promoção da Educação a Distância tanto internamente, explicando a importância disso para a comunidade em que estamos inseridos, quando externamente, pois é um assunto que vem ganhando bastante destaque, com números específicos, então é necessário que a gente qualifique essas informações para o público, obviamente colocando os desafios e as dificuldades que ela tem, mas também o seu potencial”, acrescentou.

Oportunidades

Aline Pinto Amorim, diretora de Educação a Distância do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) salientou que a promoção da EaD é de fundamental importância para assegurar que a mesma continue sendo reconhecida. “Esse evento vai nos ajudar a melhorar a comunicação dentro de nossas instituições, de modo que possamos dar mais visibilidade para nossas ações”, observou.

Já Marcelo Marques Araújo, professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) que atua na área de Comunicação Estratégica do Centro de Educação a Distância, destaca a importância do EaD para a oferta de cursos de graduação, pós-graduação e de capacitação técnica em regiões muito distantes dos grandes centros. “Nós ficamos em Uberlândia, mas temos um polo que fica no Norte de Minas, na cidade de Buritis, uma cidade com apenas 12 mil habitantes, onde não seria possível uma Universidade Federal, ou tampouco uma universidade privada, chegar até lá.” exemplificou.