Cidades Terça-Feira, 29 de Novembro de 2016, 19h:33 | Atualizado:

Terça-Feira, 29 de Novembro de 2016, 19h:33 | Atualizado:

Notícia

Vistoria interdita 5 das 19 escolas Xavante em MT

 

Da Redação

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

Após vistoria em 19 escolas municipais em Terra Indígena (TI) Xavante, 5 foram interditadas por falta de segurança. Relatório da Funai aponta ainda: estrutura física precária, falta de professores, fornecimento inadequado de merenda, ausência de transporte escolar, falta de material didático próprio e calendário escolar inadequado. Os problemas constatados na Terra Indígena (TI) São Marcos, da etnia Xavante, em Barra do Garças (509 km a leste).

Relatório sobre a situação caótica leva o Ministério Público Federal (MPF) e a prefeitura de Barra do Garças a assinaram Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), com o objetivo de melhorar a situação da educação pública.

A Coordenação Regional Xavante da Funai, a pedido do MPF, elaborou um detalhado “Diagnóstico da Educação Escolar Xavante”, com trabalhos de campo que incluíram um registro fotográfico de todas as unidades escolares e a aplicação de questionário para identificar quais eram, segundo a visão da comunidade indígena, os principais problemas educacionais enfrentados na área.

A partir do diagnóstico o MPF solicitou que o Corpo de Bombeiros Militar de Barra do Garças realizasse vistoria nas 19 escolas de educação indígena municipais e estaduais da TI São Marcos, com o fim de identificar se as edificações cumpriam requisitos básicos de segurança, com análise de possíveis falhas estruturais que pudessem oferecer risco iminente à vida de seus ocupantes.

Cinco escolas foram interditadas após a vistoria realizada, sendo quatro delas municipais: Pariwawi, da aldeia Imaculada Conceição, Padre Sbardelotto, da aldeia Salvador, Iró’orãpe (Tatu), da aldeia Nossa Senhora das Grasças, e Geraldo Tserewaruwe, da aldeia Santíssima Trindade.

Em reunião com a Secretaria Municipal de Educação de Barra do Garças, as partes acordaram a celebração de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), pelo qual a prefeitura de Barra do Garças comprometeu-se a realizar a reforma de todas as unidades escolares municipais em situação precária existentes na Terra Indígena, com prazo até o dia 1º de fevereiro de 2017 para abertura de processo licitatório para a realização das obras previstas.

O município também deverá garantir o transporte da merenda escolar até a sede de cada uma das escolas indígenas da Terra Indígena São Marcos.

Além disso, o calendário acadêmico das escolas indígenas deverá ser apresentado até o dia 15 de janeiro, e elaborado respeitando a autonomia, cultura e tradições Xavantes. O projeto político-pedagógico também deverá ser elaborado com atenção às especificidades culturais da comunidade indígena, com a realização de reuniões com as lideranças da comunidade e publicação nas línguas Xavante e Portuguesa.

A prefeitura concordou ainda em encaminhar à Câmara Municipal de Barra do Garças, até o dia 28 de fevereiro de 2017, um projeto de lei para a criação de um cargo de antropólogo na Secretaria de Educação de Barra do Garças, com o objetivo final de auxiliar o órgão na elaboração e implementação das políticas de educação voltadas para a população indígena daquele município.

O MPF acompanhará o cumprimento do TAC pela Prefeitura de Barra do Garças, enquanto continua o diálogo com a Secretaria Estadual de Educação, para sanar as deficiências constatadas nas unidades escolares da rede estadual de ensino na Terra Indígena São Marcos.

 





Postar um novo comentário





Comentários

Comente esta notícia






Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet