Cultura Segunda-Feira, 27 de Fevereiro de 2017, 09h:57 | Atualizado:

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Eduardo Mahon lança edição bilíngue de novo livro de contos em Portugal

 

Da Redação

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Após sete livros publicados nos últimos quatro anos, Eduardo Mahon começa 2017 com uma nova obra, que será lançada no mês de maio em Portugal. “Contos estranhos”, publicada pela Carlini & Caniato Editorial, é uma edição bilíngue que reúne 35 contos pequenos e um conto longo que pode ser tomado como novela.

O lançamento em Portugal acontecerá durante o Congresso Internacional de Literatura, em Aveiro, em maio. Depois, o autor seguirá com a professora doutora Olga Maria Castrillon Mendes para o lançamento em Lisboa. “Fico muito feliz por ter a oportunidade de lançar o livro noutro país, justamente no berço da nossa língua. Há alguns estranhamentos entre o que se pratica em Portugal e no Brasil, o que é natural para a evolução do português. Ter um público universitário, formado de doutores em letras, em Portugal, tudo isso é uma honra enorme. Estou muito satisfeito”, disse Mahon.

De acordo com o escritor, os contos de “Contos estranhos” têm em comum o aspecto da literatura fantástica, onde as impossibilidades físicas são tratadas com naturalidade, o que, segundo Mahon, causa uma certa perplexidade no leitor. “Pois é essa perplexidade que busquei causar ao retratar, por exemplo, um homem sem gravidade, uma mulher que conversa com um buraco na parede, uma menina que rouba cores e, finalmente, no caso de Santiago Ayza – o homem do país que não existe”, explicou.

Sobre o estilo dos contos, Mahon afirmou que são resultados de experiências literárias. “O estilo curso é uma tônica minha, desde ‘Nevralgias’. Mesmo na poesia, luto para ser direto. Acredito que, quanto mais limpo, melhor é o texto contemporâneo. Agora, com poucas mudanças, estou trazendo contos de um único parágrafo que tratam sobre um mundo mágico, situações impossíveis, existências insólitas. A novidade do experimento fica por conta do ‘Homem do País que Não Existe’, onde cada parágrafo é um capítulo, forma de quebra-cabeça em um ritmo muito acelerado”.

A ideia para “Contos estranhos” começou com a pergunta “e se?” e os prolongamentos da imaginação surgidos a partir daí. “Essa interrogação cria um desconforto na realidade, no mundo físico conhecido. E se uma cidade inteira desaparecer? E se um rapaz mudar de cor? E se uma hérnia virar gente? E se um ovo contiver um bebê? São essas impossibilidades as mais interessantes. Elas desafiam o convencional e criam uma realidade paralela, onde tudo é possível. Acho muita graça em tratar o insólito com o mesmo rigor narrativo da realidade. É para causar espanto”, comentou Mahon.

A obra é a primeira edição bilíngue do autor. “O livro traduzido para o inglês abre outras possibilidades e novas fronteiras. Além de poder ser conhecido fora daqui, pode muito bem ser aplicado nas escolas de ensino médio, em materiais voltados para exames de graduação, etc. A linguagem é ambientada entre as décadas 50 e 60, deixando a tradução ainda mais atraente com esse tipo de experimento”, explicou. O lançamento de “Contos estranhos” em Cuiabá está previsto para o mês de agosto.

“Contos estranhos” é a oitava publicação literária de Eduardo Mahon. Em 2013, o autor publicou seu primeiro livro de contos, “Nevralgias”, seguido no ano seguinte por “Doutor Funéreo e outros contos de morte”. Em 2015, veio o primeiro romance, “O cambista”. 2016, um dos anos mais produtivos do autor, foi marcado pela publicação da trilogia poética “Palavrazia”, “Palavra de amolar” e “Meia palavra vasta” e do romance “O Fantástico Encontro de Paul Zimmermann”.

Sobre o autor 

Eduardo Mahon nasceu no Rio de Janeiro e mora em Mato Grosso, desde 1980. Articulista, polemista, advogado, professor de Criminologia, Direito Penal e Processual Penal, membro do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, ingressou na Academia Mato-grossense de Letras em 2007, ocupando a cadeira 11, cujo patrono é Augusto João Manuel Leverger, o Barão de Melgaço.

 





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