Economia Segunda-Feira, 11 de Julho de 2016, 10h:10 | Atualizado:

Segunda-Feira, 11 de Julho de 2016, 10h:10 | Atualizado:

BALANÇA COMERCIAL

MT acumula superávit de US$ 7,562 bi

 

SILVANA BAZANI
A Gazeta

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A balança comercial de Mato Grosso acumula superávit de US$  7,562 bilhões no primeiro semestre deste ano. O resultado já é 29,13% superior ao saldo acumulado nos 6 primeiros meses de 2015, segundo estatística do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). O dólar valorizado em relação à moeda brasileira favoreceu as exportações e inibiu as importações pelo Estado, influenciando diretamente nesse resultado. 

Projeções feitas por economistas ouvidos pela reportagem de A Gazeta sinalizam para um superávit acima daquele alcançado em 2015 (US$ 13 bilhões) e possivelmente superior a US$ 15 bilhões ao final deste ano. Entre janeiro e junho de 2016, foram embarcadas 24,035 milhões de toneladas de produtos mato-grossenses ao valor total de US$ 8,213 bilhões. O crescimento de 52,23% na quantidade de produtos negociados levou ao ganho de US$ 1,667 bilhão ou 25,49% sobre os valores registrados no mesmo intervalo do ano passado, quando o saldo das exportações atingiu a cifra de US$ 6,545 bilhões no Estado.

Na pauta de exportações, a liderança continua sendo da soja em grão e derivados, com volume total de 16,106 milhões de toneladas que movimentaram US$ 5,840 bilhões no primeiro semestre deste ano. Esses números confrontados com aqueles obtidos para o mesmo período de 2015 indicam acréscimos de 31% no volume de embarques e de 18% no saldo comercial, sendo que no último ano - até junho -o complexo soja contribuiu com US$ 4,945 bilhões e 12,266 milhões de toneladas. 

As vendas de milho evoluíram a um patamar histórico, com alta de 138% no volume físico embarcado. Nos 6 primeiros meses, foram negociadas 7,270 milhões de toneladas ao valor de US$ 1,213 bilhão. Ante 2015 - quando as vendas corresponderam a 3,051 milhões de toneladas comercializadas por US$ 571,924 milhões - a receita comercial evoluiu 112%. 

Do algodão produzido em Mato Grosso, foram exportadas 270,635 mil toneladas por US$ 346,149 milhões em 2016, até o mês passado. Sobre o mesmo período de 2015, os valores evoluíram 60,78% (volume físico) e 41,18% (saldo financeiro). Outro produto de destaque na pauta de exportações de Mato Grosso é a carne bovina, que foi menos demandada pelo mercado internacional nos 6 primeiros meses deste, com volume total de 119,290 mil toneladas, ante 120,624 mil toneladas em 2015, numa variação de -1,10%. 

Com isso, as vendas movimentaram US$ 454,608 milhões no acumulado de janeiro a junho deste ano, sendo 12,36% a menos que os US$ 518,741 milhões obtidos em 2015, no mesmo intervalo.

Para o economista Vivaldo Lopes, o saldo da balança comercial mato-grossense deverá ser superior a US$ 15 bilhões este ano. Bem maior que os US$ 13,070 bilhões de 2015, registra ele. “Poderá até ultrapassar esse montante, caso as exportações continuem crescendo no segundo semestre”. 

Lopes observa que não houve redução da quantidade exportada. Ao contrário, os volumes negociados aumentaram. “Houve redução de preços internacionais (em dólares) dos produtos, mas foram compensados com a desvalorização do Real frente à moeda norte-americana”. 

A favor do crescimento superavitário está, além disso, a diminuição das importações, completa o economista Vítor Galesso. “Para Mato Grosso, os patamares (do superávit) não variam muito de um ano para o outro, em geral de 3% a 5%, porque a importação é baixa”. 

Importações - As compras externas realizadas por Mato Grosso demandaram o desembolso de US$ 652,266 milhões de janeiro a junho deste ano, sendo 5,54% inferior aos US$ 690,493 milhões investidos em 2015, no mesmo período. Componentes para adubos e fertilizantes, gás natural e colheitadeiras de algodão são os itens que respondem pela maior parte dos investimentos em importados.

 





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Comentários (4)

  • Marcio

    Segunda-Feira, 11 de Julho de 2016, 13h36
  • Só vejo notícias boas em relação a Mato Grosso. O governo podia solicitar esses números ao Mdic. São de graça, já que esse governo não quer gastar. Analisar os números e parar de reclamar de crise e começar a fazer algo com o rio de dinheiro que estão arrecadando. Parar de gastar com superprodução em propaganda na televisão e começar a olhar pra população. Eu como servidor público do executivo já fiz minha parte, sedi uma parte de meu salário pra ajudar esse governo a cumprir com sua responsabilidade.
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  • R.M.

    Segunda-Feira, 11 de Julho de 2016, 13h18
  • Contra evidencias não a contestação, o numero " U$$ 7,5 bilhões de superavit" , traduz uma insofismável verdade: MT so ésta em crise para os que são "incompetentes ou de má fé" na gestão da coisa publica. 100.000 servidores sempre souberam dessa realidade.
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  • Geraldo

    Segunda-Feira, 11 de Julho de 2016, 12h17
  • Eu cheguei a seguinte conclusão: Mesmo que o salário do servidor fosse reduzido para R$ 10.00 e a arrecadação saltasse para cem bilhões de reais, mesmo assim o governo diria que não teria como dar a RGA.
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  • alexandre

    Segunda-Feira, 11 de Julho de 2016, 11h02
  • cadê a crise ?, é apenas para os servidores do Executivo tomarem o calote RGA do Imperador.
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