Presa pela Polícia Militar em Cuiabá uma semana após seduzir e dopar agentes penitenciários da Cadeia Pública de Nova Mutum (269 km da capital), de onde fugiram 26 presos em fevereiro de 2015, Nayara Mendes Pereira de Souza, uma das mentoras do plano está solta. Ela vem cmprindo o regime semiaberto há quatro meses.

A moça de 27 anos, que estava detida no presídio feminino Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, cumprindo a pena de 12 anos e seis meses de reclusão, conseguiu o benefício por apresentar bom comportamento carcerário e atingir o lapso temporal necessário a progressão de regime. A decisão saiu no dia 5 de abril deste ano, pouco mais de dois anos e dois meses após ela ser presa.

Conforme o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, a detenta está fazendo o uso de tornozeleira de monitoramento eletrônico e apresentou no mês de julho uma declaração de que conseguiu um trabalho. Nayara foi presa junto com a comparsa Isis Kevilim Ojeda, que também esteve com ela na cadeia em Nova Mutum e participou da “festa” com os agentes, além de dois homens envolvidos na fuga dentro de um táxi.

Ao ser questionada por jornalistas na delegacia, a moça riu e respondeu que enganar os agentes penitenciários foi “mamão com açúcar”. A fuga aconteceu cerca de uma semana antes, na madrugada do dia 5 de fevereiro após os agentes penitenciários plantonistas Luiz Mauro Romão da Silva e Fabian Carlos Rodrigues Silva serem encontrados desacordados e sem roupas dentro de um alojamento da unidade.

No local, a polícia também encontrou garrafas de bebidas alcóolicas, bebidas energéticas, além de lingeries e roupas íntimas femininas. Os dois agentes e o diretor da unidade Henrique Francisco de Paula Neto chegaram a ser presos dias depois e exonerados um ano depois pelo governador Pedro Taques.

O caso ganhou grande repercussão na imprensa de todo o Brasil e até em outros países.