Política Terça-Feira, 11 de Julho de 2017, 14h:25 | Atualizado:

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CASCA DE OVO

TCE monta laboratório para combater "golpe do asfalto" nas obras em MT

Teconoliga ficará a disposição dos prefeitos do Estado

Da Redação

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Apenas 1 centímetro de diferença entre a espessura do pavimento que está no projeto e o que foi executado pode impactar significativamente a qualidade do asfalto e a quantidade de recursos públicos que são gastos, anualmente, em pagamentos às construtoras. Um exemplo dos impactos deste segmento de política pública é o fato de que, só em 2016, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) efetuou pagamentos de mais de R$ 72 milhões em pavimentação de rodovias e de quase R$ 100 milhões em restauração de trechos já asfaltados.

A par de como esta sutil diferença numérica pode gerar uma economia significativa aos cofres públicos, o Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) iniciou a construção de um Laboratório de Obras onde serão realizados ensaios específicos, autônomos e técnicos, relativos à pavimentação urbana e de rodovias. A partir de agosto deste ano, prazo previsto para a conclusão da obra, será possível avaliar o processo tecnológico das camadas que compõem o pavimento em todas as etapas, desde a preparação do solo até a aplicação da última camada – que é a capa asfáltica –, prevenindo a ocorrência de buracos nas vias com a desagregação do material.

As obras do Laboratório foram visitadas em junho pelo presidente do TCE de Mato Grosso, conselheiro Antonio Joaquim, e pelo secretário-chefe da Secretaria de Controle Externo de Obras e Serviços de Engenharia do TCE de Mato Grosso, Emerson Augusto de Campos. Conforme explicou o secretário-chefe, os danos ao asfalto estão profundamente ligados à insuficiência da compactação e da umidade inadequada das camadas, situações verificáveis com eficiência no Laboratório de Obras. "Nós conseguiremos avaliar a densidade desse concreto asfáltico usinado a quente e o grau de compactação da base, sub-base e camada de aterro", afirma.

Assim, ele justifica que, às vezes, um pavimento é projetado com uma espessura de 5 centímetros, mas é executado com 4. "Parece ser um valor pequeno, mas resulta em valores milionários. Um centímetro é uma diferença de 20% na espessura. São detalhes que podem impactar significativamente a qualidade e até a quantidade de obras que o Estado pode entregar para a sociedade. Ao invés de 100km, poderiam ser entregues 120km de capa asfáltica", explica.

O Laboratório de Obras faz parte de um complexo de construção que, junto à ampliação da Escola de Contas no pavimento superior, possuirá ao todo 335 m². Localizado no térreo, o Laboratório é composto de três repartições destinadas à execução de até 14 tipos de ensaios e do tratamento dos dados obtidos.

Todo o empreendimento, incluindo a ampliação da estrutura já existente no TCE de Mato Grosso, está orçada em R$ 848 mil. Para a aquisição de equipamentos como extrator de betume tipo ROTAREX elétrico, aparelho umidímetro speedy e forno para a extração de betume National Centre for Asphalt Technology (NCAT), está previsto o empenho de R$ 300 mil.

Além da economia que será gerada pela melhoria das obras asfálticas, o TCE-MT prevê colaborar com os 141 municípios do Estado que poderão utilizar o Laboratório, por meio de convênios ou termos de cooperação técnica, para realizar seus ensaios e efetuar o pagamento das medições das obras, em cada etapa, com mais segurança. "A ideia geral é a de que não se faça pagamentos das medições sem a comprovação da qualidade do asfalto, que poderá ser atestada em nosso Laboratório", defendeu o presidente, conselheiro Antonio Joaquim.

Atualmente, ou os municípios contratam laboratórios particulares para realizarem os procedimentos ou confiam no relatório da própria empresa contratada para, então, efetuar os pagamentos. Deste modo, não apenas os servidores da Secex de Obras e Serviços de Engenharia poderão utilizar o laboratório para fundamentar os relatórios das auditorias, mas também as Prefeituras por meio de seus engenheiros na emissão dos laudos.

Segundo o secretário Emerson Augusto de Campos, atualmente os municípios não têm dinheiro para fazer esse acompanhamento independente e contratar um laboratório para acompanhar o resultado de suas obras, o que acaba impactando na fiscalização eficiente do contrato. "Este projeto está em consonância com a atuação concomitante do Tribunal de Contas, que tem a preocupação de agir preventivamente na defesa do patrimônio público ao invés de esperar o problema acontecer para depois atuar", completou o presidente Antonio Joaquim. Assim, como previsto no Artigo 69, da Lei de Licitações, caso sejam identificadas dissonâncias entre o projeto e o asfalto, a construtora é obrigada a reconstruir tudo o que não estiver executado de acordo com o contrato.





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Comentários (13)

  • JOAO DE GOES

    Segunda-Feira, 05 de Fevereiro de 2018, 12h54
  • SOMOS FABRICANTES / DISTRIBUIDORES DE EQUIPAMENTOS E/OU SUPRIMENTOS PARA LABORATORIOS, SENDO: SOLOS, BETUMES, CONCRETOS E DIDATICOS...ETC WWW.PETRODIDAATICA.COM.BR
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  • lucio

    Terça-Feira, 11 de Julho de 2017, 20h30
  • TCE só tomou essa atitude depois que alguns prefeito mostraram serviço e não aceitaram aquela pouca vergonha de tomar o dinheiro do cidadão para fazer um asfalto casca de ovo, tipo mauro mendes ta de parabéns pela iniciativa de não aceitar mais aquela vergonhosa obra que chamavam de asfalto
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  • joao

    Terça-Feira, 11 de Julho de 2017, 18h52
  • Paulo geólogo falou tudo. Isso é politicagem. Temos laboratórios particulares mais modernos e infinitamente mais confiáveis. Mais uma cabide de emprego. Sugestão: em vez do estado ter o TCE, por que não terceira a auditoria para a iniciativa privada? Seria uma economia bilionária.
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  • joao

    Terça-Feira, 11 de Julho de 2017, 18h52
  • Paulo geólogo falou tudo. Isso é politicagem. Temos laboratórios particulares mais modernos e infinitamente mais confiáveis. Mais uma cabide de emprego. Sugestão: em vez do estado ter o TCE, por que não terceira a auditoria para a iniciativa privada? Seria uma economia bilionária.
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  • rogerio

    Terça-Feira, 11 de Julho de 2017, 18h11
  • com coisa q vai funcionar Sr Taques disse na campanha iria investigar obras na qualidade cade a qualidade de asfalto do Porto Estrela e da Serra da Itamati ao posto fiscal isso sao dois exemplos.
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  • gilmar

    Terça-Feira, 11 de Julho de 2017, 17h41
  • Se não tiver propina a obra é entregue no prazo e conforme o combinado.
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  • manoelito

    Terça-Feira, 11 de Julho de 2017, 17h30
  • POR QUE O TRIBUNAL DE CONTAS NÃO VEM FAZENDO ISSO SÓ AGORA QUE O SR ANTONIO JOAQUIM VEM FAZENDO CAMPANHA PARA 2018 QUE ELE ACORDOU GENTE FICA DE OLHO ESSE PRESIDENTE DO T C E ESTA FAZENDO CAMPANHA POLITICA ANTES DO TEMPO
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  • Norton

    Terça-Feira, 11 de Julho de 2017, 16h42
  • Várzea Grande está precisando de fiscalização, na região do Parque São João tem ruas com asfalto de 0,5cm de "asfalto".
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  • Gabriel Nunes

    Terça-Feira, 11 de Julho de 2017, 16h27
  • Esse asfalto foi feito na gestão Mauro Mendes: https://www.youtube.com/watch?v=pQVvLoIo5pc
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  • Gisltinho

    Terça-Feira, 11 de Julho de 2017, 16h24
  • Vixe... o que tem de asfalto casca de ovo em cuiaba, não é mole. Asfalto entregue em Dezembro do ano passado pela gestão da prefeitura de Cuiabá, e ja estão todas com buracos tanto que o Emanuel Pinheiro detectou mais de 44 mil buracos em Cuiabá. Vai la em frente do mercado comper e residencial santa Ines, na av dos trabalhadores pra tirar a prova, e olha que segundo ex-prefeito, são todas CBUQ pra durar mais de 30 anos, palavra do MM eis.Vereadores trem que parar de fica batendo palma e parar de mendigando INDICAÇÕES e fiscalizar as obras do prefeito. Eu votei nele pra isso OK.
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  • David

    Terça-Feira, 11 de Julho de 2017, 15h23
  • Muito bonito o erário contribuindo na fiscalização, mas a conta de 20% não é real e qualquer um com o mínimo de capacidade técnica saberia. Além de que.. Qual é o impacto por sucessivos atrasos nos pagamentos ou até mesmo nas medições de serviço? É muito fácil cobrar, só deveria o Estado também cumprir sua parte (o mínimo) contratualmente.
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  • Raimundo

    Terça-Feira, 11 de Julho de 2017, 14h42
  • fiz varias denuncia neste órgão sobre a MT 0-10, e nada foi feito,,,outra casca de ovo é a do parque das aguas,,,
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  • paulo ge?logo

    Terça-Feira, 11 de Julho de 2017, 14h34
  • É o seguinte tudo bem sobre o laboratório mas tem que ter técnicos na equipe de monitoramento como: engenheiros civil e geologos pq a questão não é o pavimento asfaltico e sim todo o material empregado nos trabalhos de base, sub base e indice de compactação caso contrario esse laboratório é JOGAR PRA GALERA.....abraços
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