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Política Segunda-Feira, 24 de Agosto de 2015, 16h:47 | Atualizado:

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OURO DE TOLO

Delator revela que Roseli teve retorno de R$ 381 mil em contrato de R$ 5 mi

Ex-primeira dama exigia 40% de propina e autorizada divisão aos servidores de confiança

RAFAEL COSTA
Da Redação

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Em um único contrato, a ex-primeira dama Roseli Barbosa se apropriou de R$ 381 mil reais desviados da Setas (Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social). Conforme depoimento do empresário Paulo Lemes, réu colaborador da Justiça, ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), a quantia foi desviada de um convênio de R$ 5.594 milhões com gráfica Ligraf. 

Conforme Lemes, o Programa Qualifica Mato Grosso VII/Concluir possuía uma coluna de custo real no valor de R$ 3.618.523,16 e uma sobra de R$ 1.581.105,95, totalizando o montante de R$ 5.594.905,60.  No momento da apresentação do projeto, ele mostrou uma planilha somente para Roseli Barbosa e Rodrigo de Marchi, então chefe de gabinete da Secretaria de Trabalho e Assistência Social.

“Mas o lucro não foi tudo aquilo que foi previsto, mas sim de R$ 979.961,00, valor líquido, descontados todos os impostos”, disse. 

O valor desviado foi dividido na proporção previamente combinada pelos envolvidos no esquema, o que correspondia a 40% para Roseli Barbosa, perfazendo o total de R$ 391.984,00 mil, o percentual de 24% para Nilson da Costa Faria e Rodrigo de Marchi, que correspondeu a R$ 235.190,00 mil e e 36% para o próprio Paulo Lemoes, que foi a quantia de R$ 352,785 mil.0. 

Lemes revelou ainda que o dinheiro desviado só foi possível porque o dono da Ligraf, Lídio Moreira dos Santos, concordou em emitir uma nota fiscal de valor maior ao serviço prestado e devolver a diferença de R$ 323.980 mil referente aos materiais didáticos do Qualifica Mato Grosso VII. 

Houve uma previsão de despesa com material didático no valor de R$ 985.600,00 mil  sendo que foi gasto somente R$ 570.240,20 mil. O valor foi devolvido ao empresário Paulo Lemes por meio de depósito da conta de suas empresas comerciais e parte em dinheiro, uma diferença correspondente a R$ 323.980,00.

Presa em São Paulo no dia 20 deste mês, a ex-primeira dama Roseli Barbosa segue detida preventivamente sob a acusação de chefiar uma organização criminosa destinada ao desvio do dinheiro público. A defesa conduzida pelo advogado Ulisses Rabaneda ingressou com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça ainda pendente de julgamento. 

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